O escritório NLÉ Architects, liderado pelo nigeriano Kunlé Adeyemi, está construindo uma nova escola multiníveis em Makoko, uma das regiões mais populosas de Lagos, Nigéria. Embora isso não soe improvável, é um esforço para resolver os problemas de escassez de terras e de uma má gestão de resíduos em uma área propensa à inundações, esta escola foi projetada em plataformas flutuantes.
Projetada para 100 alunos e seus professores, a escola tem 100 m² e 10 metros de pé direito. O projeto utiliza cerca de 256 barris de plástico para flutuarem na água e a estrutura é construída com madeira de origem local.
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Os painéis solares proporcionam eletricidade, enquanto a colheita de águas pluviais facilita o uso dos inodoros de compostagem, instalado como uma solução para o sistema de esgoto inexistente. O projeto ainda conta com um playground no térreo e dois andares de salas de aula.
Como capital comercial da Nigéria e seu centro econômico, Lagos tem uma população estimada em 15 milhões, o que a torna maior do que Londres, Buenos Aires e Pequim. A comunidade Makoko é constituída por 250 mil pessoas, que viviam em casas palafitas a várias gerações.
O estilo de vida fluvial, onde a vida desenvolve-se diariamente em canoas, o que levou os colonizadores portugueses a nomear a cidade como Lagos. No último ano os debates locais e nacionais têm levantado questões como o impacto das mudanças climáticas para as “populações aquáticas” devido ao crescente nível do mar, a erosão costeira e as chuvas tropicais que tem sobrecarregado o sistema atual.
Os arquitetos do NLÉ esperam que o projeto da escola Makoko seja um protótipo para melhorar a arquitetura e o urbanismo das cidades costeiras da África e assim criar casas, centros comunitários e playgrounds flutuantes.
Kunlé Adeyemi disse que o prédio da escola é bem sucedido, sobre o pressuposto que o orçamento é consideravelmente menor do que a construção em terra, as estruturas duplicadas poderiam fornecer habitação para mais de 100 mil pessoas na região.
Via Gizmag